Como a Igreja vê a família?

          Primeiramente, antes de responder a este questionamento, se faz necessário apontar uma fonte importantíssima para tal, que a Igreja disponibiliza aos fiéis: o Catecismo da Igreja Católica (CIC).

          Ao buscar no CIC a resposta à pergunta em questão, fica claro que Deus criou o homem e a mulher como seres comunitários. Evidencia-se isso também na palavra de Deus, ao relatar o momento da criação, quando Deus forma Eva e a apresenta a Adão como companheira.

          Tanto no Antigo Testamento, como no Novo Testamento, a Bíblia referencia inúmeras vezes a vida em família. Mas, como família ideal, o exemplo fica por conta da Sagrada Família de Nazaré, uma família concreta, onde Jesus, o Filho de Deus, nasceu, cresceu e se tornou homem.

          A Igreja entende a família como a primeira e mais importante comunidade natural. É na família que se origina a vida humana e as primeiras relações interpessoais, ela é o centro e dela surgem todas as ordens sociais. Por isso, a Igreja vê a família como uma instituição divina, o sacrário que gera e protege a vida.

          É na família que as pessoas vivem uma experiência intensa de serem amadas. Experimenta-se afeição, solidariedade, estima, compromisso desinteressado, ajuda, justiça e muitos outros valores. E, assim, cada qual deve ser amado tal como é, com respeito à originalidade de cada ser.

          O Papa Paulo VI, em Nazaré (1964), fez um belo discurso que é citado na Exortação Apostólica Amoris Laetitia (p. 50): “Aqui compreendemos o modo de viver em família. Nazaré nos recorda no que consiste a família, a comunhão de amor, a sua beleza austera e simples, a sua índole sagrada e inviolável; nos faça ver como é doce e insubstituível a educação em família, nos ensine a sua função natural na ordem social. ”

          A família não é apenas uma instituição entre outras na sociedade moderna, ela é o lugar central da integração humana, lugar que gera a vida, lugar que acolhe as primeiras experiências em comunidade, onde se deve conhecer o amor sem reservas, onde se aprende a respeitar, onde se experimenta o compromisso para com o próximo. Assim, é importante reconhecer que a sobrevivência da família na sociedade é assegurada pela transmissão dos valores, virtudes, tradições culturais, éticas, sociais, espirituais e religiosas.

           Desta forma, como cristãos, devemos aspirar:  

Que a família comece e termine sabendo onde vai

E que o homem carregue nos ombros a graça de um pai

Que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor
E que os filhos conheçam a força que brota do amor

(Trecho da Oração pela Família, Pe. Zezinho). 

Sagrada Família de Nazaré, nossa família vossa é 

Forania de Bebedouro-SP

Comissão Pastoral Diocesana para a Família e Vida